Autor Tópico: Dicionário breve de electricidade.  (Lida 7200 vezes)

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Dicionário breve de electricidade.
« em: Abril 17, 2009, 06:35:44 pm »
O que é ? :

1. Um transformador – É um aparelho constituído por dois ou mais enrolamentos, em torno de um núcleo de ferro, que permite aumentar ou reduzir a tensão alternada que é aplicada a um dos enrolamentos. Se aplicamos a tensão ao enrolamento com menor número de espiras , o transformador eleva a tensão – é elevador ; se aplicamos a tensão ao enrolamento com maior número de espiras, o transformador reduz a tensão – é redutor. A relação entre as tensões e o número de espiras é: U1 / U2 = N1 / N2 . O rendimento dos transformadores é elevado – geralmente superior a 90 %.


2. Um motor eléctrico – É uma máquina eléctrica que transforma energia eléctrica em energia mecânica – recebe energia eléctrica, da rede, e fornece energia mecânica a uma carga. Existem diferentes tipos de motores eléctricos: de corrente contínua, de corrente alternada, síncronos e assíncronos, rotativos e lineares. Cada um dos diferentes tipos de motores tem a sua aplicação específica, de acordo com as aplicações, as condições de utilização e as características do equipamento accionado. O rendimento dos motores situa-se entre 70% a 85%.


3. Um gerador eléctrico – É uma máquina eléctrica que fornece energia eléctrica. Existem geradores electroquímicos (pilhas e baterias) e geradores electrodinâmicos (rotativos) que transformam a energia mecânica em energia eléctrica. Estes últimos podem ser de corrente contínua (dínamos) e de corrente alternada (alternadores). Os alternadores têm inúmeras aplicações, desde o fornecimento de energia eléctrica nas Centrais Eléctricas até à instalação eléctrica dos automóveis, carregando as Baterias.


4. Um relé – É um dispositivo sensível à variação de grandezas eléctricas e não eléctricas (intensidades, tensões, potências, impedâncias, temperatura, etc.), accionando contactos eléctricos, mudando de estado. Existem relés electromecânicos, relés electrónicos, relés ópticos, etc. São utilizados como aparelhos de protecção e aparelhos de comando, em aplicações diversas. De entre os relés electromecânicos, temos o relé electromagnético, o relé térmico, o relé de indução, o relé diferencial,


5. Um disjuntor – É um aparelho de protecção automático que actua em condições predeterminadas. Protegem as instalações eléctricas contra sobrecargas e contra curtos-circuitos. São fabricados com diversos calibres, nomeadamente: 10 A, 16 A, 25 A, entre outros.


6. Um contactor – É um aparelho de comando, constituído por uma bobina com núcleo de ferro e armadura móvel que, ao ser accionada, desloca contactos eléctricos, fechando uns e abrindo outros. O contactor é geralmente utilizado no comando de motores eléctricos, executando um elevado número de manobras sem se danificar.


7. Um disjuntor diferencial – É um disjuntor que protege as instalações eléctricas contra os perigos resultantes das correntes de fuga que, por vezes, ocorrem nas instalações eléctricas. Sempre que existem fugas de corrente numa instalação eléctrica, o disjuntor diferencial ‘lê’ a diferença de valores entre a corrente na fase e a corrente no neutro, dando ordem de corte à alimentação da instalação respectiva. É o que acontece quando, por exemplo, uma máquina de lavar apresenta fuga de corrente, chegando a provocar pequenos ‘choques’ eléctricos até o disjuntor disparar efectivamente quando o perigo é real.


8. Um motor passo-a-passo – É um motor que gira por passos, isto é, gira um certo ângulo de cada vez. É constituído por vários enrolamentos que são alimentados por uma dada sequência, originando pequenas rotações de cada vez. Os movimentos do veio do motor correspondem a programas previamente definidos.


9. Um motor síncrono – É um motor que roda à velocidade de sincronismo, isto é, roda a uma velocidade constante, directamente proporcional à frequência da tensão da rede que o alimenta. A velocidade é dada por: n = f / p, em que p é o número de pares de pólos do motor.


10. Um motor assíncrono – É um motor que roda a uma velocidade inferior à de sincronismo ( n < f / p). A velocidade destes motores não é constante, dependo o seu valor da carga que accionam.


11. Arranque estrela-triângulo – É um dos métodos de arranque dos motores assíncronos trifásicos. O motor arranca com os seus enrolamentos ligados em estrela, passando essa ligação para triângulo ao fim de alguns segundos do arranque. Desta forma, o motor absorve no arranque uma corrente que é 1/3 da corrente que absorveria em condições normais, evitando disparos de protecções e elevadas quedas de tensão na alimentação.


12. Uma sobrecarga – É um excesso de corrente absorvida por um dado circuito eléctrico, fazendo disparar o aparelho de protecção respectivo. Isto acontece quando, no mesmo circuito, são ligados simultaneamente vários receptores que absorvem uma corrente superior à corrente nominal, isto é, ao calibre do disjuntor de protecção respectivo.


13. Um curto-circuito – É um contacto eléctrico entre a fase e o neutro de uma instalação eléctrica, originando uma subida brusca da corrente para valores muito elevados, fazendo disparar o aparelho de protecção da instalação respectiva.


14. Um condensador – É um componente eléctrico constituído por duas armaduras metálicas, entre as quais existe uma substância isoladora – designada dieléctrico. Em virtude de o seu interior ser isolador, o condensador não deixa passar a corrente pelo seu interior. Ao aplicar-se uma tensão eléctrica contínua ao condensador, há um movimento de electrões pelo circuito exterior ao condensador, de forma que uma armadura fique carregada positivamente e a outra negativamente. Se aplicarmos uma tensão alternada ao condensador, as armaduras ficarão carregadas, alternadamente, uma positiva e a outra negativa. Diz-se que o condensador tem uma dada Capacidade de armazenar energia eléctrica; a Capacidade vem expressa em Farads (F).


15. Uma bobina – É um componente eléctrico constituído por um conjunto de espiras. As espiras podem envolver um núcleo de ferro ou não ter qualquer núcleo e, neste caso, diz-se que o núcleo é de ar. A grandeza associada às bobinas é a indutância L que vem expressa em henrys (H). Quanto maior for o número de espiras, maior é a indutância; se tiverem núcleo de ferro terão também uma indutância bastante mais elevada.


16. Uma resistência eléctrica – É um componente eléctrico que limita o valor da intensidade de corrente num circuito eléctrico. Quanto maior for o valor da resistência eléctrica, menor será o valor da intensidade de corrente, variando inversamente proporcional. São fabricadas resistências eléctricas de vários materiais, sendo as mais usuais as de carvão e as metálicas. A unidade da resistência eléctrica é o ohm (?).


17. Um receptor eléctrico – É um aparelho que transforma a energia eléctrica em outra forma de energia. Existem diferentes receptores eléctricos, consoante o tipo de transformação energética que operam. Temos, por exemplo: receptores térmicos (caloríferos, torradeiras, etc.); receptores luminosos (lâmpadas); receptores mecânicos (motores); receptores químicos (tinas de galvanoplastia), etc..


18. Um díodo – É um componente eléctrico semicondutor que deixa passar a corrente eléctrica só num dos sentidos. Assim, se a tensão for alternada (dois sentidos), o díodo só deixa passar a corrente num dos sentidos, interrompendo a corrente em sentido contrário.


19. Um transístor – É um componente eléctrico semicondutor constituído por três terminais: a base, o colector e o emissor. O transistor permite amplificar sinais alternados ou permite controlar a alimentação de receptores em corrente contínua, utilizando pequenos valores de corrente aplicados à sua base. É um componente muito divulgado e imprescindível na grande maioria da aparelhagem de informática, telecomunicações, áudio, vídeo, etc..


20. Sensores – São dispositivos que detectam a variação de grandezas eléctricas ou não eléctricas, transformando essas variações em pequenos sinais eléctricos que são utilizados para executar determinadas acções pertinentes para cada situação. São exemplos de sensores: a célula fotoeléctrica que detecta a interrupção de um feixe luminoso, dando ordem a um motor (por exemplo) para abrir ou fechar uma cancela, um portão; a lâmina bimetálica que detecta o aumento de temperatura num circuito eléctrico, cortando a respectiva alimentação, como protecção do circuito respectivo. Muitos outros sensores existem no mercado.


21. Um multímetro – É um aparelho de medida que permite medir várias grandezas eléctricas, nomeadamente: tensão eléctrica, intensidade de corrente, resistência eléctrica, indutâncias, capacidades, frequência, etc.. São, portanto aparelhos polivalentes muito úteis num laboratório ou mesmo para se ter em casa.


22. Um amperímetro – É um aparelho de medida que permite medir intensidades de corrente, em amperes (A). Este aparelho é ligado em série no circuito e tem, por isso, uma resistência eléctrica interna baixa (poucos ohms) de modo a não alterar as condições de funcionamento do circuito, nomeadamente a corrente que se pretende medir.


23. Um voltímetro – É um aparelho de medida que permite medir tensões eléctricas, em voltes (V). Este aparelho é ligado em paralelo com os receptores ou aplicado aos terminais de uma rede eléctrica e tem, por isso, uma resistência interna muito elevada (milhares ou milhões de ohms) de modo a absorver pouca corrente do circuito.


24. Uma associação de resistências em série – É uma ligação de resistências percorridas pela mesma corrente eléctrica, isto é, a corrente que percorre uma resistência vai passar sucessivamente por cada uma das restantes que se encontrem ligas em série. A tensão aos terminais de cada resistência em série variará consoante o valor de cada resistência : U = R I .


25. Uma associação de resistências em paralelo – É uma ligação de resistências que estão submetidas à mesma tensão eléctrica, isto é, se uma está submetida a 20V, as restantes também estarão. A intensidade absorvida por cada uma destas resistências será diferente consoante o valor de cada resistência: I = U / R.


26. Um potenciómetro – É um componente eléctrico que permite variar o valor da sua resistência eléctrica. Tem três terminais, sendo dois deles ligados às
extremidades do enrolamento e o terceiro ligado a um cursor móvel que faz variar a resistência no circuito onde estiver inserido. O potenciómetro é geralmente utilizado para variar a tensão eléctrica e, portanto, a potência fornecida a um receptor.


27. O reóstato – Tem três terminais como o potenciómetro e é utilizado para variar a intensidade de corrente num circuito eléctrico. É caracterizado pelo valor máximo da sua resistência e pela intensidade máxima admissível ou pela potência máxima dissipável.


28. O campo girante – É o campo magnético produzido por um motor trifásico, o qual irá arrastar o rotor do motor, por acção magnética. No caso do motor assíncrono, o campo magnético girante produzido pelos enrolamentos do estator vai criar correntes induzidas nos condutores do rotor, criando aí o seu próprio campo magnético induzido que irá ser arrastado pelo campo girante do estator, a uma velocidade inferior à de sincronismo. No caso do motor síncrono, o campo girante do estator e do rotor giram à mesma velocidade – a velocidade de sincronismo.


29. A histerese magnética – É o atraso da indução magnética B do ferro relativamente à excitação magnética H aplicada, fenómeno que está associado a perdas magnéticas (por histerese). Quanto maior for esse atraso tanto mais elevadas serão as perdas magnéticas do ferro utilizado.


30. Um taquímetro – É um aparelho que permite contar a velocidade de rotação de um motor, em rotações por minuto (r.p.m.). Existem taquímetros mecânicos e taquímetros electrónicos.


31. O rendimento de uma máquina – É o quociente entre a potência fornecida (potência útil Pu ) e a potência absorvida Pa. O rendimento é geralmente expresso em percentagem, sendo dado por: ? = 100 × Pu / Pa (%).


32. A corrente alternada – É uma corrente com dois sentidos, periódica; isto é, uma corrente que percorre o circuito eléctrico nos dois sentidos, apresentando uma curva positiva simétrica da negativa. A corrente alternada pode ser: sinusoidal, triangular, onda quadrada ou outras formas simétricas. É definida pela amplitude Um, pelo valor eficaz U e pela frequência f (hertz).


33. A potência eléctrica – É definida por fórmulas diferentes em corrente contínua e em corrente alternada. Em corrente contínua é o produto da tensão pela intensidade: P = U I. Em corrente alternada é definida por: P = U I cos ? , em que ? é a desfasagem entre a tensão eléctrica e a intensidade de corrente. Em corrente alternada, P tem o nome de potência activa para distinguir de outras potências existentes em c.a. que são: a potência reactiva Q e a potência aparentes.


34. A degradação de energia – É a energia que se transforma em calor, perdendo-se no ambiente, sem qualquer utilização. Temos como exemplos de energias degradadas: a energia dissipada por efeito de Joule nos condutores, resultante do choque dos electrões com os átomos; a energia que se perde nos circuitos devido a contactos eléctricos deficientes; a energia calorífica libertada pelas lâmpadas de filamento; etc..


35. Um sistema trifásico de tensões – É um conjunto de três tensões alternadas sinusoidais, desfasadas de 120º entre si. O transporte da energia eléctrica é efectuado a longas distâncias utilizando um sistema trifásico de tensões, em alta tensão, sendo a melhor solução técnica e económica. O sistema trifásico permite alimentar motores trifásicos, criando campos magnéticos girantes que fazem girar os rotores dos motores.


36. O transporte de energia eléctrica – É efectuado em Alta Tensão de forma a reduzir as perdas de energia durante o transporte. Com efeito, sendo a potência a transportar dada por S = U I, quanto mais elevada for a tensão U utilizada, menor será a intensidade de corrente I nos condutores das linhas aéreas e, portanto, mais reduzidas serão as perdas por efeito de Joule nos condutores das linhas: p = r I2 .


37. Os electrodomésticos são ligados em paralelo – Porque deste modo são independentes uns dos outros, isto é, cada um fica submetido à tensão da rede eléctrica. Sendo assim, podemos ligar ou desligar qualquer receptor que não afectará o funcionamento dos restantes. Se fossem ligados em série, se desligássemos um deles, todo o circuito ficaria sem corrente eléctrica.


38. A tensão da rede eléctrica flutua ao longo do dia – Porque o consumo de energia varia ao longo das 24 horas. Quanto maior for o consumo, maior é a corrente pedida à rede, mais quedas de tensão existem nos condutores (?U = r I) e, portanto, menor é a tensão que nós medimos nas nossas casas. Isto é, às horas de ponta (maior consumo) a tensão da rede baixa, às horas de vazio (menor consumo) a tensão sobe.


39. A Classe de Precisão de um aparelho de medida – É o erro que o aparelho comete em cada leitura que efectua. Por exemplo, Cl = 1,5 quer dizer que o aparelho comete um erro de 1,5% relativamente ao valor medido.


40. Ligam-se geradores em paralelo – Quando se pretende aumentar a intensidade de corrente a fornecer.


41. Ligam-se geradores em série – Quando se pretende aumentar a tensão a aplicar a um dado circuito ou a um receptor.


42. Ligam-se geradores em associação mista – Quando se pretende aumentar simultaneamente a tensão e a intensidade, isto é, quando se pretende aumentar a potência a fornecer.


43. Existe selectividade entre dois aparelhos de protecção – Quando dispara o aparelho que se encontra mais próximo do defeito. Deste modo, evita-se que as restantes instalações eléctricas sejam desligadas.


44. Existe coordenação entre dois aparelhos de protecção – Quando, não disparando o aparelho que se encontra mais próximo do defeito (por avaria, por exemplo), dispara aquele que fica imediatamente a montante.


45. A partir de 25V, a tensão pode ser perigosa. Com efeito, a partir deste valor, a intensidade que percorre o corpo humano pode tornar-se perigosa (>= 10 mA). O valor da corrente produzida vai depender de vários factores, entre os quais: a resistência da pele de cada um, o trajecto da corrente, o estado de saúde da vítima, o estado de humidade do corpo, etc..


46. A compensação do factor de potência – Consiste em aumentar o factor de potência de uma instalação eléctrica, utilizando condensadores ligados em paralelo. Aumentando o factor de potência, reduz-se a potência reactiva, reduz-se a intensidade de corrente absorvida.


47. Um wattímetro – É um aparelho de medida da potência eléctrica P, em watts.


48. O método voltamperimétrico – É um método que utiliza um voltímetro e um amperímetro para determinar a resistência eléctrica ou a impedância de receptores: R = U / I ou Z = U / I.


49. O campo de medida de um aparelho – É o valor máximo da grandeza que se pode medir. Quando se selecciona um dado campo de medida, estamos a definir o valor máximo da grandeza a medir.


50. O dimensionamento de um circuito – É o conjunto de cálculos que se efectuam antes de iniciar um trabalho prático, de forma a determinar os valores das grandezas do circuito, bem como os campos de medida dos aparelhos que se vão utilizar.


51. Grandezas nominais de um aparelho ou de um receptor – São os valores máximos para os quais o aparelho ou receptor foram fabricados. Assim, temos: tensão nominal, intensidade nominal, potência nominal, etc..


52. Força electromotriz de um gerador – É a tensão aos terminais do gerador quando está em vazio, isto é, quando não fornece corrente eléctrica. Com um voltímetro, medimos a sua força electromotriz, quando I = 0.


53. Contactos normalmente abertos – São contactos eléctricos de aparelhos de comando que se encontram abertos quando o aparelho de comando não é alimentado. Estes contactos fecham, logo que o aparelho de comando respectivo é alimentado. É o caso do contactor que possui contactos abertos que só fecham quando a sua bobina é alimentada.


54. Contactos normalmente fechados – São contactos eléctricos de aparelhos de comando que se encontram fechados quando o aparelho de comando não é alimentado. Estes contactos abrem, logo que o aparelho de comando respectivo é alimentado. É o caso do contactor que possui contactos fechados que só abrem quando a sua bobina é alimentada.


55. Contactos temporizados ao trabalho – São contactos eléctricos pertencentes a relés temporizados que actuam (fecham ou abrem) temporizadamente logo que a bobina do relé alimentada. Quando se retira a alimentação à bobina, os mesmos contactos tornam-se instantâneos.


56. Contactos temporizados ao repouso – São contactos eléctricos pertencentes a relés temporizados que actuam (fecham ou abrem) temporizadamente quando se retira a alimentação da bobina. Quando se alimenta a bobina, os mesmos contactos tornam-se instantâneos. Têm o funcionamento contrário dos contactos temporizados ao trabalho.


57. Numa instalação trifásica – A tensão simples é a tensão entre a fase e o neutro; a tensão composta é a tensão entre duas fases. A tensão simples, em baixa tensão, vale 230 V; a tensão composta vale 230 ×?3 ? 400 V


58. O neutro numa instalação trifásica – É importante porque impõe a tensão simples – 230 V - , porque serve de retorno das fases, particularmente quando há desequilíbrios, evitando que haja sobretensões em alguma das fases, protegendo os receptores.


59. Existem vários tipos de arranque dos motores trifásicos – Arranque directo, arranque estrela-triângulo, arranque por autotransformador, arranque rotórico, arranque estatórico. O mais comum é o arranque estrela triângulo que é um arranque prático e resolve a maior parte dos problemas.


60. O arranque directo dos motores trifásicos – Só é utilizado para motores de fraca potência (? 4 kW). Para potências maiores, são utilizados os outros processos de arranque, de forma a reduzir a corrente de arranque dos motores, que é geralmente elevada, podendo atingir valores ? 6 In , em que In é a intensidade nominal do motor.


61. A relação matemática entre as potências activa P, reactiva Q e aparente S é:
S = ? ( P2 + Q2 ).


62. Uma máquina de corrente contínua diz-se reversível – Porque tanto pode funcionar como gerador ou como motor. Se receber energia eléctrica, funciona como motor; se receber energia mecânica, funciona como gerador.


63. O busca-pólos – Serve para pesquisar a fase numa instalação ou para determinar um ponto da instalação que se encontre a um potencial eléctrico elevado. Se o potencial for baixo, o busca-pólos não acende.


64. Um método de leitura directo – É um método que permite ler directamente o valor da grandeza que se pretende. É o caso da leitura da intensidade I com amperímetro ou da tensão com voltímetro.


65. Um método de leitura indirecto – É um método que permite determinar uma grandeza, a partir de uma ou várias leituras seguidas de cálculos. É o caso da determinação de R pelo método voltamperimétrico: R = U / I .


66. Os tipos de erros que se cometem durante as leituras são os seguintes: erros de paralaxe, erros fortuitos ou casuais, erros sistemáticos (de método), erros dos aparelhos.


67. Erro absoluto de uma leitura – É a diferença entre o valor lido VL e o valor real VR : ? V = VL - VR .


68. Erro relativo de uma leitura – É o quociente entre a diferença entre o valor lido e o valor real e o valor real: ? = ? V / VR . Se multiplicarmos por 100 o valor obtido, o resultado vem em percentagem.


69. É importante sabermos fazer aproximações correctamente, quando fazemos cálculos, para minimizar os erros de propagação dos cálculos efectuados. Por exemplo: se a máquina nos dá o valor 1,3678, podemos arredondar para 1,37 se formos somar a 9,52; mas, devemos manter todo o valor 1,3678 se formos somar a 2,4589. Durante as operações, devemos, sempre que possível, utilizar o mesmo número de algarismos significativos.


70. A diferença entre valores lidos e valores previstos – Consiste em que os valores lidos são aqueles que efectivamente registámos e valores previstos são aqueles que esperávamos, de acordo com cálculos efectuados previamente.


71. Multiplicador de escala ou factor de multiplicação – É o valor pelo qual temos de multiplicar a leitura efectuada numa escala graduada, de modo a obtermos o valor da grandeza lida.


72. Impedância de um circuito – É o quociente entre a tensão aplicada a um circuito eléctrico e a intensidade de corrente que o percorre, em corrente alternada: Z = U / I .


73. A reactância capacitiva de um condensador é dada por: Xc = 1 (2 ? f C) .


74. A reactância indutiva de uma bobina é dada por: XL = 2 ? f L .


75. O factor de potência de um circuito – É o quociente entre a potência activa P e a potência aparente S : cos ? = P / S .


76. A ressonância de um circuito pode ser provocada de três formas: variando a frequência, variando a capacidade, variando a indutância.


77. A frequência de ressonância de um circuito é dada por: f =1 /(2 ? ? (L C) ).


78. Dois transformadores são ligados em paralelo quando é necessário aumentar a potência a fornecer às cargas. A potência total fornecida é a soma das potências fornecidas pelos dois transformadores.


79. A relação entre o valor eficaz U e a amplitude Um de uma tensão alternada sinusoidal é: Um = ?2 U .


80. A resistência eléctrica de um condutor é calculada por: R = ? l / S .


81. A resistência eléctrica varia com a temperatura, sendo calculada pela expressão: R2 = R1 . (1 + ? . (t2 – t1) ).


82. A tolerância de um componente é a percentagem de erro relativamente ao seu valor nominal. É o caso da tolerância das resistências, das capacidades, das
indutâncias. Exemplo: a tolerância de uma resistência de 100 ? é de 10%, quer dizer que tem um erro de ± 10% × 100 ? = ± 10 ? .


83. A tensão máxima que pode ser aplicada a uma resistência eléctrica pode ser calculada por: Umáx = R Imáx ou Umáx = ? (P. R) .


84. A potência máxima que uma resistência pode dissipar calcula-se pelas expressões: Pmáx R Imáx ou Pmáx = U2máx / R .


85. A série E6 (± 20%), de 100? a 1000?, tem as resistências: 100?, 150?, 220?, 330?, 470?, 680?.


86. A série E12 (± 10%), de 100? a 1000?, tem as resistências: 100?, 120?, 150?, 180?, 220?, 270?, 330?, 390?, 470?, 560?, 680?, 820?.


87. A série E24 (± 5%), de 100? a 1000?, tem as resistências: 100?, 110?, 120?, 130?, 150?, 160?, 180?, 200?, 220?, 240?, 270?, 300?, 330?, 360?, 390?,
430?, 470?, 510?, 560?, 620?, 680?, 750?, 820?, 910?.


88. A indutância de uma bobina pode ser calculada por: L = ? N2 S / l .


89. A compensação de uma carga indutiva monofásica é feita utilizando um condensador de capacidade: C = P (tg ?i – tg ?f ) / (U2 ?) .


90. Um motor está em sobrecarga quando acciona cargas que impõem uma corrente de intensidade superior à nominal.


91. A corrente de arranque de um motor é sempre superior à corrente nominal, porque nesse instante o motor está parado, não havendo força contraelectromotriz.


92. O arranque directo de um motor trifásico é feito ligando-o directamente à rede, sem qualquer método de redução da corrente de arranque.


93. Uma rectificação de meia-onda é aquela em que o receptor só recebe uma alternância, aquela em que o díodo conduz.


94. Uma rectificação de onda completa é aquela em que o receptor é alimentado num só sentido, com dois semi-ciclos positivos.


95. O escorregamento de um motor assíncrono é a perda de velocidade em relação à velocidade de sincronismo. O escorregamento é expresso em percentagem: g=100 × (n-n’) / n .


96. A inversão do sentido de rotação de um motor trifásico é feita trocando duas fases entre si.


97. Uma máquina de corrente contínua é reversível porque tanto funciona como gerador ou como motor.


98. O calibre de um fusível é a intensidade máxima que o fusível suporta permanentemente sem fundir.


99. A força de um electroíman é dada por: F = B2 S / (2 ?0).


100. Um osciloscópio é um aparelho que permite visualizar as tensões eléctricas do circuito.


101. Um megaohmímetro é um aparelho que permite medir as resistências de isolamento das instalações eléctricas ou dos isolamentos de bobinas ou de condutores.


102. A espira de Frager é um anel de cobre existente no núcleo dos contactores com o objectivo de evitar a trepidação do núcleo, ao ser alimentado em corrente alternada.


103. O poder de corte de um aparelho de corte é a potência máxima que ele pode cortar, sem se destruir.


104. Um autotransformador é um transformador, com regulação de tensão, constituído por um só enrolamento.


105. O balastro é um dispositivo utilizado para efectuar o arranque das lâmpadas fluorescentes. Antes, a generalidade dos balastros eram bobinas com núcleo de ferro; hoje, utilizam-se muito os balastros electrónicos que executam a mesma função.


106. O arrancador é um dispositivo utilizado também para efectuar o arranque das lâmpadas fluorescente, em combinação com o balastro. É constituído por uma lâmina bimetálica que, quandro abre, produz uma força electromotriz induzida no balastro que, somada à tensão da rede, produz uma tensão total suficiente para provocar a descarga do gás interior à ampola e acender a lâmpada.


107. A velocidade de um motor de corrente contínua pode ser controlada, regulando a tensão aplicada ao induzido ou regulando o fluxo magnético indutor, conforme se pode concluir pela expressão: n = (U – r I) / (K ?).


108. A corrente de arranque absorvida por um motor de corrente contínua é elevada porque, no arranque, a força contraelectromotriz é nula ( E’ = K n ?) e a corrente de arranque é dada por: I = (U – E’) / r .


109. Optoacopladores são dispositivos semicondutores optoelectrónicos que funcionam com emissão de luz. Temos como exemplos de optoacopladores: o optotriac, o optoSCR, o optoDiac. São dispositivos que fazem o papel de relés, mas com separação entre o circuito de comando e o de potência.


110. Electromagnetismo é o campo da Física que estuda as relações entre o Campo Eléctrico e o Campo Magnético. A corrente eléctrica num condutor cria, à sua volta, linhas de força do campo magnético; a variação do campo magnético através de um condutor ou de uma bobina cria, aos seus terminais, uma força electromotriz induzida que produz uma corrente eléctrica, em circuito fechado.


111. As correntes de Foucault são correntes eléctricas induzidas no ferro, sempre que há variação do campo magnético através dele. Estas correntes eléctricas produzem calor, constituindo perdas do material


112. Blindagem magnética de um equipamento é uma protecção do equipamento, utilizando materiais ferromagnéticos que servem de ‘condutor’ das linhas de força, impedindo que entrem no respectivo equipamento e perturbem o seu funcionamento.


113. A lei de Ohm diz que ‘num condutor, é constante o quociente entre a tensão aplicada e a intensidade de corrente que o percorre; a esta constante de proporcionalidade dá-se o nome de resistência eléctrica do condutor : R = U / I’.


114. A lei de Joule diz que ‘num condutor, a energia eléctrica que se transforma em calor, é directamente proporcional à sua resistência eléctrica, ao quadrado da intensidade de corrente que o percorre e ao tempo de passagem da corrente’. A fórmula é: W = R I2 t .


115. A lei de Faraday diz que ‘sempre que uma espira (ou conjunto de espiras) é atravessada por um fluxo magnético variável, cria-se aos seus terminais uma força electromotriz induzida que dura enquanto durar a variação de fluxo magnético; esta força electromotriz cria uma corrente induzida, se o circuito estiver fechado’.


116. A lei de Lenz diz que ‘a corrente induzida tem o sentido tal que, pela sua acção electromagnética, tende a opor-se à causa que lhe deu origem’. A causa que deu origem à corrente induzida é, obviamente, a variação do fluxo que tanto pode ser positiva (fluxo a aumentar) como negativa (fluxo a diminuir), a que corresponderão correntes induzidas de sentidos contrários.


117. O watt-hora (Wh) é uma unidade de energia eléctrica que vale 3600 Joules.


118. O transporte de energia é feito em Alta Tensão para reduzir as perdas por efeito de Joule durante o transporte da energia. Desta forma, aumentando-se a tensão, diminui-se a intensidade de corrente e, portanto, as perdas.


119. A equação de uma corrente alternada sinusoidal é: i = Im sen (2?ft + ?).


120. Um circuito indutivo é um circuito constituído por indutâncias (bobinas).


121. Um circuito capacitivo é um circuito constituído por capacidades.


122. Um circuito predominantemente indutivo é um circuito com capacidades e indutâncias, em que as indutâncias predominam.


123. Um circuito predominantemente capacitivo é um circuito com capacidades e indutâncias, em que as capacidades predominam.


124. O efeito pelicular é um efeito da corrente eléctrica que, quando constituída por elevadas frequências, ela tende a deslocar-se para a periferia dos condutores. Nesta situação, o interior do condutor deixa de ser percorrido por qualquer corrente, pelo que muitas vezes são utilizados condutores ocos na zona central, poupando-se material e ficando mais leves.


125. A constante de tempo de um condensador é o tempo que o condensador leva a ficar carregado com 66,7% da sua carga máxima. A constante de tempo varia directamente com a capacidade e com a resistência que estiver ligada em série: ? = R C. A constante de tempo da carga e da descarga são iguais.


126. Uma sobretensão é uma tensão superior á nominal da instalação ou do receptor.


127. Uma subtensão é uma tensão inferior à nominal da instalação ou do receptor.


128. Um arco eléctrico é uma corrente eléctrica através do ar, geralmente efectuada entre dois contactos eléctricos pertencentes a um aparelho de corte, de comando ou de protecção. Os arcos eléctricos originam temperaturas que podem ser muito elevadas, destruindo os contactos eléctricos.


129. O corte de um circuito indutivo é sempre uma situação problemática que pode danificar componentes da instalação eléctrica. Com efeito, ao cortar a corrente a um circuito indutivo, a corrente passa bruscamente de um dado valor para zero, igualmente para o fluxo magnético que cria uma força electromotriz induzida (lei de Faraday), a qual pode atingir valores bastante elevados. O aparelho de corte é geralmente o mais afectado, onde se criam arcos eléctricos bastante fortes e destruidores.


130. Um posto de transformação é uma cabine constituída por um transformador de potência e a respectiva aparelhagem de protecção, corte e comando. Dele, saem cabos eléctricos trifásicos, com neutro, que vão alimentar aglomerados populacionais, em Baixa Tensão – 230 V / 400 V.


131. Um relé de máxima tensão é um relé que actua quando a tensão ultrapassa determinado valor máximo definido.


132. Um relé de mínima tensão é um relé que actua quando a tensão ultrapassa determinado valor mínimo definido.


133. Um relé de máxima intensidade é um relé que actua quando a intensidade ultrapassa determinado valor máximo definido.


134. Um relé de mínima intensidade é um relé que actua quando a intensidade ultrapassa determinado valor mínimo definido.


135. A sensibilidade de um aparelho é o valor mínimo que o aparelho pode medir, da grandeza respectiva.


136. Um alternador é um gerador de corrente alternada, rotativo.


137. Aparelhos de ligação são dispositivos que efectuam a ligação entre a instalação eléctrica e os receptores que a ela são ligados.


138. Aparelhos de corte são dispositivos dotados de poder de corte que ligam e desligam a instalação eléctrica.


139. Aparelhos de protecção são dispositivos destinados a proteger a instalação eléctrica contra os defeitos que nela podem ocorrer.


140. A indução magnética B é directamente proporcional à excitação magnética H e à permeabilidade magnética ?, sendo dada por: B = ? H .


141. O fluxo magnético ? através de uma superfície é directamente proporcional à indução B, à secção da superfície S e ao cosseno do ângulo de incidência das linhas de força: ? = B S cos ? .


142. A reactância indutiva de uma bobina é directamente proporcional à frequência f e à indutância L, sendo dada por : XL = 2 ? f L.


143. A reactância capacitiva de um condensador é inversamente proporcional à frequência f e à capacidade C, sendo dada por : XC = 1 / (2 ? f C).


144. Os defeitos que podem ocorrer numa instalação eléctrica são: sobrecargas, curtos-circuitos, correntes de fuga, sobretensões, subtensões.


145. Um led é um díodo emissor de luz.


146. Um fotodíodo é um diodo que começa a conduzir quando é submetido a um fluxo luminoso.


147. Um fototransistor é um transístor que começa a conduzir quando a sua base é submetida a um fluxo luminoso.


148. Um tiristor é um semicondutor que começa a conduzir, num só dos sentidos, quando se aplica um impulso à sua porta. Um tiristor comporta-se como um
díodo controlado pela porta.


149. Um triac é um tiristor que funciona nos dois sentidos, quando sofre um impulso na porta.


150. A tensão nominal de um receptor é a tensão para a qual foi fabricado, para funcionar nas melhores condições.


151. A intensidade nominal de um receptor é a intensidade máxima que ele suporta permanentemente sem se danificar.


152. A potência nominal de um receptor é a potência do receptor à tensão nominal e à intensidade nominal.


153. Um motor universal é um motor que funciona tanto em corrente contínua como em corrente alternada. É um motor de excitação série que, por isso mesmo,
funciona igualmente em c.c. e em c.a..


154. Um eléctrodo de terra é um dispositivo (tubo, vareta, rede, etc.) em cobre ou em alumínio que é enterrado no chão, onde é ligado o condutor de terra de uma instalação eléctrica.


155. A força magnetomotriz de uma bobina é o produto da intensidade de corrente pelo respectivo número de espiras: Fm = N I .


156. A lei de Hopkinson diz que ‘a força magnetomotriz de um circuito magnético Fm é igual ao produto do fluxo magnético ? pela relutância magnética do circuito Rm, sendo dada por: Fm = ? Rm ‘.


157. Uma instalação eléctrica monofásica é constituída por três tipos de condutores: a fase, o neutro e o condutor de protecção.


158. Duas sinusóides estão em fase quando passam simultaneamente pelos máximos e pelos zeros.


159. Duas sinusóides estão desfasadas quando não passam simultaneamente pelos máximos e pelos zeros.


160. Duas sinusóides estão em quadratura quando estão desfasadas entre si de 90º.


161. Duas sinusóides estão em oposição quando estão desfasadas entre si de 180º.


162. A potência activa é calculada pelas expressões: P = UT IT cos ? e P = R IR2 .


163. A potência reactiva é calculada pelas expressões: Q = UT IT sen ? e Q = XL IL2 – XC IC2 .


164. A resistência total de uma associação de duas resistências em série é calculada por: RT = R1 + R2 .


165. A resistência total de uma associação de duas resistências em paralelo é calculada por: 1 / RT = 1 /R1 + 1 /R2 .


166. A capacidade total de uma associação de dois condensadores em paralelo é calculada por: CT = C1 + C2 .


167. A capacidade total de uma associação de dois condensadores em série é calculada por: 1 / CT = 1 /C1 + 1 /C2 .


168. A energia magnética armazenada numa bobina é calculada pela expressão: Wm = L I2 / 2.


169. A energia eléctrica armazenada num condensador é calculada pela expressão: Wm = C U2 / 2.


170. O método de Aron é um método que permite medir a potência activa trifásica de uma instalação eléctrica, utilizando só dois wattímetros.


171. A ligação à terra de uma instalação eléctrica é uma ligação em que as massas metálicas dos receptores a ela ligados são ligados à terra através de contactos de terra, condutores de protecção e condutores de terra.


172. Uma resistência CTP é uma resistência eléctrica que tem um coeficiente de temperatura positivo, isto é, que aumenta o seu valor com a temperatura.


173. Uma resistência CTN é uma resistência eléctrica que tem um coeficiente de temperatura negativo, isto é, que diminui o seu valor com o aumento da
temperatura.


174. Uma resistência LDR é uma resistência eléctrica cujo valor diminui com o aumento da intensidade luminosa.


175. Uma resistência VDR é uma resistência cujo valor diminui com o aumento da tensão eléctrica.


176. Contacto directo é um contacto eléctrico efectuado pelo utilizador directamente sobre os condutores activos da instalação.


177. Contacto indirecto é um contacto eléctrico efectuado pelo utilizador sobre as partes metálicas da instalação, ligadas à terra.


178. As Regras Técnicas das Instalações de Baixa Tensão vieram substituir os Regulamentos de Segurança de Instalações de Utilização de Energia Eléctrica e de Instalações Colectivas de Edifícios e Entradas, a partir de Setembro de 2006.


179. Energias Alternativas são as novas energias alternativas aos combustíveis fósseis.


180. Energias Renováveis são energias que estão constantemente a renovar-se na natureza, teoricamente inesgotáveis, contrariamente aos combustíveis fósseis que, um dia, se esgotarão.

181. Um esquema eléctrico é uma representação gráfica de circuitos eléctricos e electrónicos, utilizando símbolos, traços e designações simbólicas. Um esquema eléctrico deve ter leitura da esquerda para a direita e/ou de cima para baixo. Os esquemas eléctricos podem ser unifilares, multifilares e funcionais.


182. A alimentação dos circuitos pode ser feita em: corrente contínua, corrente alternada monofásica e corrente trifásica. Pode ser ainda em: alta tensão, baixa tensão e tensão reduzida.


183. A iluminação pode ser natural ou artificial. Pode ainda ser classificada em: geral e localizada. Pode também ser classificada em: directa, indirecta e semidirecta.


184. A intensidade de corrente é definida como a quantidade de electricidade que passa numa dada secção de um condutor na unidade de tempo: I = Q / t.


185. O rendimento de uma máquina é o quociente entre a potência fornecida (útil) e a potência absorvida: ? = Pu / Pa .


186. Medir uma grandeza é comparar com outra tomada como padrão.


187. Um aerogerador é um gerador que é accionado pelo vento que impulsiona as suas pás. Também se lhe dá o nome de gerador eólico.


188. Uma central maremotriz é uma central que transforma a energia das marés em energia eléctrica. Estas centrais funcionam nos dois sentidos das marés: quando enche e quando vaza.


189. Um interruptor de fim-de-curso é um interruptor que é accionado por equipamentos móveis, conduzindo ao fecho e à abertura de contactos eléctricos inseridos no Circuito de comando de uma instalação eléctrica.


190. Um contacto de auto-alimentação é um contacto auxiliar dos contactores que permite que os contactores continuem alimentados quando se deixa de pressionar o botão de arranque do contactor.


191. O binário motor varia directamente com a potência do motor e inversamente com a sua velocidade angular: M = P / ? = P / (2 ? n).


192. Múltiplos: quilo (k) = 103 ; mega (M) = 106


193. Submúltiplos: mili (m) = 10-3 ; micro (?) = 10-6 ; nano (n) = 10-9 ; pico (p) = 10-12


194. A velocidade angular ? é o ângulo descrito por um vector girante durante um segundo. É espressa em radianos por segundo (rad/s). Relaciona-se com a frequência, pela expressão: ? = 2 ? f .


195. A frequência é o número de ciclos descritos por uma grandeza alternada, na unidade de tempo. É, por isso, o inverso do período: f = 1 / T.


196. O Teorema de Pitágoras, aplicado a triângulos rectângulos, diz que ‘o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos: h2 = c2 + d2 .


197. Lei das malhas – Ao longo de uma malha (circuito fechado), a soma das forças electromotrizes é igual à somas das tensões e quedas de tensão.


198. Lei dos nós – Num nó, a soma das correntes convergentes é igual à soma das correntes divergentes.


199. A lei de Laplace diz que ‘Um condutor percorrido por uma corrente de intensidade I, num campo magnético de indução B, fica submetido a uma força F que é calculada por: F = B I l sen ? .


200. A força electromotriz induzida num condutor, de comprimento l . que atravessa um campo magnético de indução B, com uma velocidade linear v é dada por: e = B l v .


201. A força electromotriz induzida numa bobina pode ser calculada pelas expressões: E = - N . ?? / ?t e E = - L ?I / ?t .


202. O campo magnético produzido no interior de uma bobina longa é dado por: H = N I / l .


203. A secção de um condutor é tanto mais elevada quanto maior for a intensidade de corrente. Quanto maior for a secção, menores serão as perdas, mas também mais cara ficará a instalação. Por isso, há sempre uma secção óptima para cada caso.


204. Um motor de excitação-shunt é um motor em que o enrolamento indutor está ligado em paralelo com o enrolamento induzido.


205. Um motor de excitação-série é um motor em que o enrolamento indutor está ligado em série com o enrolamento induzido.


206. Um motor de excitação-compound ou composta é um motor com os dois enrolamentos de excitação (série e shunt). O enrolamento pode estar ligado em série com o paralelo e, nesse caso, diz-se de curta derivação; ou, o enrolamento shunt está em paralelo com o série constituído pelo induzido + excitação série e,
nesse caso, diz-se de longa derivação.


207. Um condutor pode ser unifilar ou multifilar consoante a sua alma condutora é constituída por um só fio ou por múltiplos fios.


208. Um cabo pode ser unipolar ou multipolar consoante é constituído por um só condutor ou por mais do que um condutor. Dentro dos multipolares, temos: bipolares, tripolares, tetrapolares e pentapolares.


209. Uma ligação de 3 receptores diz-se em estrela se cada receptor tem um terminal ligado a uma fase diferente e os outros três terminais são ligados entre si, num ponto comum – ponto neutro da carga trifásica.


210. Uma ligação de 3 receptores diz-se em triângulo se cada receptor é ligado entre duas fases diferentes, em que uma das fases, em cada receptor, é sempre diferentes das dos outros dois receptores.


211. Um relé de potência é um relé que actua quando a potência na instalação ultrapassa um dado valor predefinido.


212. Um nónio é um aparelho de medida de espessuras e diâmetros, com precisão às décimas de milímetro.


213. Um micrómetro ou palmer é um aparelho de medida de espessuras e diâmetros, com precisão às centésimas de milímetro.


Autoria:
Dicionário Electricidade Março 2007  JMatias